segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Movimento Benfica, Vencer, Vencer’



‘Movimento Benfica, Vencer, Vencer’ critica «sucessivos erros de gestão»

O chamado ‘Movimento Benfica, Vencer, Vencer’, que nas últimas eleições esteve para apresentar uma candidatura à presidência do clube da Luz, emitiu esta segunda-feira um comunicado sobre a reestruturação financeira planeada pela direcção liderada por Luís Filipe Vieira.

A proposta de reestruturação financeira será submetida à votação dos associados esta terça-feira, em Assembleia Geral, numa acção que visa tirar a SAD dos «encarnados» do cenário de falência técnica.

Para o referido Movimento, sobre quem deram a cara anteriormente o médico Varandas Fernandes e o juiz Rui Rangel, «a inevitabilidade desta operação, que parece ser a única forma de restabelecer os níveis adequados de capitais próprios que permitirão à Benfica SAD cumprir a lei, deve-se exclusivamente aos sucessivos erros de gestão que resultaram no descalabro financeiro em que o Grupo consolidado Benfica se encontra, com acumulação de um passivo galopante e com um comprometimento total das suas receitas futuras, que expõe o clube a riscos que nenhum benfiquista quer e deseja».

Eis o comunicado completo do ‘Movimento Benfica, Vencer, Vencer’:

«1. A proposta de reestruturação financeira, traduz-se objectivamente na preocupante perda por parte do clube de parte do seu principal activo estratégico que é o Estádio, ou seja, o principal símbolo do clube e dos seus sócios, passando assim a ser um activo da Benfica SAD, embora o clube com esta operação continue a controlar directamente mais de 50% do capital social da Benfica SAD;

2. Passando o clube, após esta operação, a deter, directa e indirectamente um total de cerca de 68% do capital da Benfica SAD, ou seja, superior aos actuais 51%, a proposta da direcção do Sport Lisboa e Benfica é omissa em relação à possível alienação do diferencial de participação do capital social da Benfica SAD por parte do clube que resulta desta operação;

3. A inevitabilidade desta operação, que parece ser a única forma de restabelecer os níveis adequados de Capitais Próprios que permitirão à Benfica SAD cumprir a Lei, deve-se exclusivamente aos sucessivos erros de gestão que resultaram no descalabro financeiro em que o Grupo consolidado Benfica se encontra, com acumulação de um passivo galopante e com um comprometimento total das suas receitas futuras, que expõe o clube a riscos que nenhum Benfiquista quer e deseja.

4. A operação financeira proposta pelo Sport Lisboa e Benfica e pela Benfica SAD tem forçosamente que ser acompanhada por medidas de gestão de excepção, caso contrário dentro de 2 a 3 anos, e a manter-se a tendência financeira actual, do ciclo vicioso e não do ciclo virtuoso, os capitais próprios apresentar-se-ão de novo negativos;

5. Uma vez que a verticalização do capital social imposta por esta reestruturação e a tendência de descalabro financeiro, poderão permitir com mais facilidade a futura alienação da participação do clube no capital social da Benfica SAD, perdendo o clube a posição de maioria que neste momento detém. Pretendemos, assim, que nesta matéria, os actuais dirigentes cumpram e reafirmem, na Assembleia Geral, a promessa feita, de que o Benfica será sempre dos benfiquistas.»

(fonte a bola)

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